Ainda as “revoluções esquecidas” da América Latina

No final deste post, na parte em que falava que “[s]endo o caso mais radical (nomeadamente nos seus efeitos), o modelo da revolução boliviana (um regime reformista surgido de uma mistura de golpe militar e levantamento popular civil) não foi caso único nessa altura – houve processos semelhantes na Guatemala em 1944 ou na Venezuela em 1958; a falhada (devido à invasão pelos EUA) insurreição da República Dominicana em 1965 talvez seja o último exemplo (deixando de lado outros possíveis casos em tempos mais recentes).”, haveria talvez mais dois exemplos (ambos de maio de 1944, tal como na Guatemala) – El Salvador e Equador, embora em ambos essas “revoluções” tenham sido de pouca dura (em El Salvador, o governo provisório surgido da revolta foi derrubado pouco meses por um golpe militar, ainda antes de qualquer mudança de sistema político ou económico; e no Equador, o próprio presidente eleito em 44 – o famoso Velazco Ibarra – dois anos depois revogou a nova constituição reformista que entretanto tinha sido aprovada e tornou-se um semi-ditador) – possivelmente foi também por isso que nunca tinha ouvido falar delas até hoje…

 

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